25 de março de 2010

Ela continuou sendo esfinge.
Mesmo não tendo mais enigma algum.
Havia mudado, dilacerado-se.
Contudo, continuava sendo deliciosamente letal.
Não tinha nada, e saboreava a idéia de não ter nada a perder.
Seus olhos eram ígneos.
Seus lábios ignóbeis.
Continuava sua busca por aquela felicidade sobre a qual tanto lera.
Havia sido gravemente machucada, e ainda assim não sabia machucar.
Era muito diferente ao passo de ser também singular.
Percebeu então que não havendo mais enigma, ela mesmo se tornara um.

2 comentários:

renato disse...

Olá, Domingas!

O teu belo jogo de palavras, criando paradoxos belos de entender!

Tu és mesmo muito original!

Um beijinho,



Renato

Doh Lima. disse...

Obrigada Renato!
Pelo visto acho que eu já criei minha marca registrada: os Paradoxos!
Coisa que eu adoro.
E eu mesma devo ser um.

Obrigada pela observação e pelo comentário!

FELIZ PÁSCOA!
Beijinhos meus.