23 de dezembro de 2011

Eu não posso reclamar de solidão.
Afinal eu que escolho ficar aqui e não sair de casa.
Não posso reclamar de falta de amor.
Afinal sou eu mesma que afasto as pessoas e não dou oportunidades.
Eu não posso reclamar de falta de dinheiro.
Afinal eu gasto desordenadamente e não me planejo.
Eu não posso reclamar do jeito e dos defeitos alheios.
Afinal aqui estou eu defeituosamente chata.
Eu não posso reclamar de nada.
Mas eu reclamo.
Por que ninguém se importa.
E eu reclamo disso.

10 de dezembro de 2011

Viver e jogar Xadrez são coisas parecidas.
Nós podemos ir e não dando certo: retrocedemos.
Porém temos que mover primeiro pra só depois sabermos o que irá acontecer.
E temos que pensar (muito bem) antes de fazer algo.
Se for sábio dá certo, se não analisarmos bem pode dar errado.
E as vezes fazemos a coisa certa sem nem perceber.
Ou acontecem coisas desfavoráveis mesmo a gente pensando tanto antes.
Pode demorar muito pra acabar, pode durar pouco.
Pode ser desafiador, podemos dificultar as coisas e podemos deixar pra lá.
Lutamos pra não levar o temido xeque-mate.
E lutamos ainda mais para que se o levarmos seja de uma forma respeitável.