17 de agosto de 2009

Um dia ela estava sentada, suas costas bem amparadas no espaldar de uma cadeira.
Estava lendo um livro que lhe contava histórias fantásticas
Ouvia atentamente as pessoas, e entregava sua atenção à pessoas que não a mereciam.
Era vista da forma mais equivocada possível.

Em um outro dia ela estava sentada, suas costas iam de encontro com a parede áspera de um lugar qualquer.
Suas pernas mantinham um contato nada amigável com o piso frio.
Seus cabelos, desgrenhados.
Nos lábios, um cigarro.
E nos olhos um vazio inexplicável.
Não era vista.

As pessoas não sabiam o porquê das suas atitudes.
As pessoas a subestimavam.

E um dia ela parou de se importar.

6 de agosto de 2009

Tento evitar ao máximo toda e qualquer despedida.
Deve ser porque não gosto de chorar e a maioria das despedidas via de regra são marcadas por lágrimas.
Por isso faço das despedidas algo comum, não digo palavras que evidenciem a separação, não digo tchau e nem adeus.
Lido como se fosse ver a pessoa amanhã, e depois, e depois.
Como se fosse ouvir a voz dela todos os dias ao telefone, como se ela estivesse à distância de um toque, sempre.

E essa idéia de continuidade, embora incerta [e as vezes equivocada] conforta.

5 de agosto de 2009

Nothing's gonna change my world.
(Nada vai mudar meu mundo)

Mas há diversas situações que possuem poder suficiente para virá-lo de ponta cabeça.
Da forma mais divertida.
Deliciosa.
E estranha possível.