29 de maio de 2009

Digressão.

Desvio os olhos do livro.
Pouso os óculos na mesa e estico as mãos para pegar a xícara de chá.
Está tocando a música do meu mais apaixonado beijo, impossível não lembrar de você.
Penso em mudar de música e estico a mão, mas no meio do caminho desisto, eu gosto da música.
E ainda gosto de você também.
Fico todos os 5 minutos de duração da música lembrando de você.
Quem me dera eu pensasse em ti apenas 5 minutos diários, mas não!
Eu penso em ti durante 5 horas, não, melhor eu pensei em ti durante os últimos cinco meses inteiros, de cinco em cinco minutos no máximo.
O número cabalístico: Cinco!
Mas não adianta pensar em você, porque eu simplesmente nunca direi para você o que eu penso.
Guardarei para mim.
Te guardarei para mim.
E na tentativa de te esquecer, esquecerei de mim.
As coisas não são tão difíceis sabia?
Acho que sou eu que complico tudo.
E pelo visto você também o complica.

Mas deixa estar porque amanhã é outro dia.
Preciso voltar a ler o meu livro.
Pouso a xícara na mesa, coloco os óculos lentamente.
Pego o livro e o abro onde parei, capítulo II, página cinco.
A música parou.
Volto a ler.

27 de maio de 2009

Vã Analogia.

A vida é um eterno "pular corda".
Têm horas que estamos com os pés fora do chão, suspensos no ar.
Têm horas que estamos com os pés bruscamente no chão.
E há ainda as vezes nas quais somos açoitados pela a traiçoeira corda.
Têm vezes que o único jeito de desistir quando estamos cansados de brincar é parando a brincadeira.
E as vezes a brincadeira pára (impossível não acentuar) antes de nos cansarmos.
Alguns passam a brincadeira inteira numa corda pequena, olhando apenas para os próprios pés e deles para a corda.
Outros ao brincar acostumam-se com a velocidade da corda, e sabem exatamente quando a corda vai passar por eles e de tão satisfeitos com isso, fecham os olhos e pulam sorrindo.
Outros aumentam o comprimento de sua corda e convidam muitos outros para pularem com eles, e forma-se então uma família.
A velocidade da corda somos nós que determinamos.
Pule rápida ou lentamente, mas nunca desista de sua corda.

21 de maio de 2009

Diga.

Todos os dias enfrentamos os nossos demônios particulares.
Matamos os nossos leões.
Nadamos contra uma ou mais correntes.
Essas expressões que designam as adversidades diárias de cada ser humano dão um fundo lúdico a um assunto bem sério.
Mas essa não será a idéia central deste post.
Hoje não darei lições, não ressaltarei o lado pessimista da vida (ops! acho que já é um tanto quanto tarde demais!), e nem contarei nada da minha vida, pelo menos não diretamente.
Pode-se notar que este blog quase não possui histórias das quais eu seja a protagonista, na verdade aqui quase não há histórias.
O que vocês vêem aqui de forma mais clara é a minha personalidade, meus pensamentos, minhas hipóteses.
Sigamos.
Gostaria de ressaltar hoje o poder das palavras.
Uma palavra muda tudo, já dizia um comercial publicitáro bem antigo, já nem lembro ao menos qual era o produto, mas a frase ficou.
É claro que muda!- vc pode dizer, o "sim" muda o desfecho de um "não".
Mas não é nesse sentido que eu digo, não é no sentido de uma frase.
É no sentido da vida.
Uma palavra muda o dia de alguém, a feição de seu rosto, o seu jeito de agir.
E muitas vezes não dizemos as palvras que podem mudar a vida de alguém;
(Como um "te amo" por exemplo).
Devemos dizer, só não devemos banalizar as palavras especiais, devemos guardá-las para as ocasiões necessárias, assim como temos um traje para casa ocasião.
As vezes não falamos algo para alguém por pensar que ela já sabe.
Porém caso a pessoa já o souber, diga mesmo assim, é necessário que as palavras saiam dançantes de sua boca até os ouvidos de seu interlocutor.
É necessário que as verdades e sentimentos não sejam guardados de forma mesquinha.
O difícil é justamente tomar a coragem de dizer.
E isso eu não sei ensinar.

19 de maio de 2009

A cada dia me certifico mais de que para se tornar feliz é necessário aproveitar cada dia ao máximo.
E que não adianta tentar chegar no "feliz para sempre."
Por que ele não existe!
E qualquer pessoa pode provar na pele o que eu acabei de dizer.
Nem todos os relacionamentos duram a vida inteira, e se duram não são insentos de decepção.
Nem todas as coisas são ganhas de forma fácil e nem sempre temos força para buscar aquelas que são difíceis.
Muitas são as injustiças que ocorrem conosco, na hora a gente não entende...sente raiva, chora ou culpa alguém, se esquece de Deus.
Mas ser feliz é simplesmente transpor tudo isso.
Isso não é fácil..chega a ser até mais difícil do que ser feliz de fato.
Mas esse é o passo n° 1.
O passo seguinte é não se lamentar pelo que não se têm, não reclamar o tempo todo e simplesmente correr atrás.
O 3° seria não criar expectativas pois elas na maioria das vezes só servem para nos deixar tristes.
O 4° seria dizer o que se tem vontade, fazendo bom uso da ética é claro!
O 5° seria não se lamentar pelos erros do passado, não se prender em demasia nem ao passado e nem ao futuro..o esquema é viver apenas o hoje.
O 6° seria não se cobrar demais e acreditar mais em seu potencial.
O 7° seria ouvir mais...ter os ouvidos bem atentos a tudo.

Estão aí os meus 7 passos para a felicidade.
Não indico e nem digo que o mesmo funciona sempre.
Mas são eles que me fazem ao final de uma imensa reflexão sobre a minha vida abrir um belo sorriso.

12 de maio de 2009

Desabafo.

As vezes eu aprendo as coisas da pior forma.
E quando estou tentando viver intensamente, estou na verdade vivendo uma vida que não me condiz.
As vezes eu falo como se soubesse das coisas, e as vezes eu sei das coisas e nunca falo.
As vezes eu sinto saudades das pessoas, outras vezes só sinto falta das palavras destas.
Quando descubro o que realmente sinto é justamente quando descubro que isso nunca será possível.
Têm dias que eu acordo pessimista, eu tenho (por mas inacreditável que isso possa parecer) um grande mau-humor.
Têm vezes que eu nem sei o que fazer da minha vida e não vejo solução para os meus problemas e mesmo assim dou conselhos surpreendentes para os outros.
Têm dias que eu ligo pra todo mundo, e têm dias que eu até desligo o celular para não ser incomodada.
Tenho sempre muito a falar porém são poucos os que querem ouvir.
Tenho amigos de verdade, e tenho amigos que um dia me fizeram acreditar que eram de verdade, mas fingir é algo cansativo, não dura para sempre, e então eu descobri toda a triste verdade.
Tenho parentes que evito visitar mas que quando eu preciso eles são os primeiros a me ajudar.
As vezes eu machuco quem eu mais amo, sem propósito algum.
Portanto amigo que lê este texto não ache que eu sou alguém que excede expectivas.
Simplesmente porquê:
As pessoas são falhas.
As pessoas mentem.
As pessoas são egoístas.
Não há nenhuma beleza nisto.
Mas também não há nenhuma mentira.

"O mais forte não é aquele que esconde a sua fraqueza, mas é justamente aquele que a assume e que tenta superá-la."

11 de maio de 2009

E fico aqui.

Eu sempre me antecipo.
Mas na amizade eu até bato recordes.
Eu sou aquela amiga que liga, que visita, que convida, que homenageia.
A amiga que muitas pessoas querem mas que nem todas sabem dar o devido valor.
Só que o meu problema está em "mal-acostumar" demais os amigos.
A pessoa está pensando:
-"Hum acho que vou ligar pra ela hoje de tarde...."
Quinze minutos mais tarde o telefone toca, sou eu.
Pronto! a pessoa não precisa mais me ligar pq eu liguei antes.
E se eu estou meio de saco cheio e fico uma, ou duas semanas sem ligar a pessoa tb não me liga, pq sabe que mais cedo ou mais tarde eu a ligarei ou a visitarei.
E eu fico aqui me sentindo mal, achando que não valho um telefonema.
Sempre convido os amigos para sair e eles me convidam tb, como costumo tentar comparecer em todos os eventos as pessoas ficam desapontadas quando eu não compareço em algum e não me convidam quando surge algum outro dias depois achando que eu novamente não irei.
E eu fico aqui me sentindo mal, achando que não valho uma tentativa.
Sempre falo a verdade, falo quando não quero algo ou quando algo não vai dar certo, mas as pessoas não me fazem o mesmo, me iludem e logram comigo.
E eu fico aqui me sentindo mal, achando que não valho um aviso.
Depois se me ocupo e desapareço eu sou má e levo a fama de sempre me esquecer deles.
E fico aqui me sentindo mal, achando que não sou uma boa amiga.

8 de maio de 2009

Informativo.

Como se manifesta a doença bipolar do humor:

O mais chamativo da doença bipolar do humor são os episódios de mania que podem alternar-se, geralmente ao longo dos anos, com a depressão. Os episódios começam a manifestar-se em geral por volta dos 15 a 25 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. A freqüência em homens e mulheres, contudo, é a mesma.

A pessoa apresentando o quadro de mania mostra um humor anormal e persistentemente elevado, expansivo, excessivamente eufórico e alegre, às vezes com períodos de irritação e explosões de raiva, contrastando com um período de normalidade, antes da doença manifestar-se. Além disto, há uma auto-estima grandiosa (com a pessoa sentindo-se poderosa e capaz de tudo), com necessidade reduzida de dormir (a pessoa dorme pouco e sente-se descansada), apresentando-se muito falante, às vezes dizendo coisas incompreensíveis (pela rapidez com que fala), não se fixando a um mesmo assunto ou a uma mesma tarefa a ser feita.

Nossaaa acho que sou de fato um tanto que Bipolar.
Bom final de semana.
E desde já:
A quem for uma mamãe....
Feliz Dia das mães!

6 de maio de 2009

As verdades são suas.

Fara mim falar não é algo difícil.
Se deixar eu falo o dia e a noite inteira.
Mas quando o assunto é sentimento...Fico muda.
Mudinha da Silva.
Sou insegura sabe, e isso faz com que eu não fale o que eu sinto.
Têm horas que eu tomo coragem e sou capaz até de gritar isso, e nesse momento provavelmente eu estou sozinha...
Porém é só me ver perto de alguém, (e nem carece ser a pessoa que precisa ouvir o que eu tenho a dizer) que toda a coragem some, e vem os pensamentos do contra:
-"Isso é bobagem."
-"Você está sendo piegas..."
E por aí vai.

Tento me curar disso.
Até consigo as vezes.
Mas o que eu posso fazer se eu sou humana?
Se eu sou assolada pela dúvida, e o que as pessoas vão pensar ainda me preocupa?

O jeito é parar e pensar todas as vezes que eu me ver diante de uma situação assim.
Tomar novamente uma centelha de coragem.
E seguir superando as minhas falhas,
Superando
todos os dias a mim mesma.

4 de maio de 2009

Ser e estar.

Opto muito pelo diferente.
Gosto muito do alternativo.
Vivo muito intensamente.

Esse final de semana estive em sampa.
Fui na Virada Cultural com uma amiga, e encontrei lá uma outra turma.
Essa viagem foi bem inesperada.
Não planejada é verdade, mas muito boa.

Shows, sorrisos, histórias.
Vou vivendo assim, extraindo a felicidade dos momentos ao máximo.