27 de junho de 2009

Tenho certeza que não temos as mesmas opiniões.
Você me enxerga como a garota da qual a sua mãe tanto lhe advertiu para que se afastasse.
Você acha que os seus amigos irão me achar agnóstica ou volúvel.
Você dá risada de tudo o que eu digo, mas têm medo de chorar por tudo que eu nunca te disse.
Você não quer me corrigir, mas se não o fizer não mudarei. [talvez não]
Você acha que vai perder o assunto comigo, e não conversando você me perde.
Você acha que eu não corro atrás, mas você nunca acerta nada sobre mim. [ eu corro]
Você acha que eu sou brilhante, e sofre ao me ver apagando esse mesmo brilho. [as vezes]
Você parece tão imparcial, é tão dificil ver no seu rosto o que você sente.
[ Já eu sempre sou traída até por meus movimentos]
Você têm medo.
E eu também. [muito]

22 de junho de 2009



Bem vinda e recém-chegada seja a alegria.
Anfitriã seja a vitória.
Veterana seja a perseverança.
Hoje a alegria me faz ver tudo colorido.
Amanhã a vitória me fará colorir todo o resto.
E então a perseverança me manterá.
Deixe que se acheguem as horas.
Que se escorram os minutos;
Que se percam as vozes.
Que se percam os amores e rancores que já não cabem [e não podem] no meu peito.
Que se calem os insultos, que se erguam os vivas.
Que se abram os sorrisos que iluminarão o mundo;
Que se arrastem para a dança.

[Dançando sozinha entre os zéfiros.
E se agarrando com a vida.]

17 de junho de 2009

É evidente.

Escrever nesse blog para mim é como pensar em voz alta.
Porque nem sempre quero revelar que eu penso ou sinto, mas quando dou por mim já está postado aqui.
E nem sempre o que eu penso é coerente ou interessante.
As vezes é uma coisa bem universal e as vezes uma coisa bem pessoal, individual mesmo.
Até porque tenho uma ânsia pelo que ainda não chegou e lamento demais pelo que já se foi há muito.
(As vezes nem eu mesma quero ler o que escrevo, exatamente por isso).
Sem falar na minha insastifação constante.
Vivo mudando o modelo, o template e as cores do blog (inovar sempre!).
Vivo mudando de metas, lugares e pessoas.
E também, vivo reclamando.
Não tenho histórias legais, nunca vivi aventuras (e algumas que vivi nem cônvem contar).
E acabo de reclamar novamente.


Quer saber?
eu vou reclamar o meu direito de ser Feliz.

16 de junho de 2009

E se....

Parássemos de esperar as coisas e fizéssemos as coisas nos esperarem?

Seríamos acomodados?
Seríamos mais felizes?
Seríamos covardes?

Não tenho a resposta.
Mas assumirei as responsabilidades que vierem;
E por ora não me desgastarei tanto...
Pelo menos não mais.

13 de junho de 2009

Vadiagem malemolente.

Tenho mania de ficar no orkut de madrugada.
Vasculhando minhas comunidades uma por uma.
Abrindo os meus emails (com lindas mensagens) um por um.
Lendo as matérias e posts legais internet a fora.
Acho um máximo fuçar na net de madrugada, e ouvir apenas o som dos meus dedos percorrendo o teclado, digitando no escuro, só com a luz do monitor (eu sei que isso faz mal);

Fico invisível no msn e mando ver vasculhando;
Destrinchando e descobrindo.
Vendo coisas sérias,
Vendo coisas tolas, mas vendo.
Apenas vendo.
Como agora.

10 de junho de 2009

Momento ápice do dia.
Um amigo me disse ao telefone:
"-Poxa Doh, que maré de azar hein?-mas calma que tudo isso ainda vai resultar em sorte no amor"

Sorte?
Não preciso dela,
preciso é de coragem ou de uma dose dupla de esquecimento.

Arrivederci...

Pois é.

Frio, chuva, e um monte de coisas para fazer.
É esse o contexto do meu feriado prolongado, que nem chegou e já está ocupado.
Lá vou eu fazer os exercícios pendentes da apostila, viajar até a capital do estado a trabalho, visitar um médico em caráter de urgência e organizar um outro tanto de coisas.
Já me vejo novamente na segunda-feira retornando a rotina, ainda cansada e com inúmeros problemas a resolver.
Saudade do ínicio da minha adolescência...quando eu ficava dias inteiros sem fazer nada, lendo muito, assistindo minhas séries favoritas, conversando e recebendo os amigos.
Saudade imensa dos amigos também, que sumiram sem explicação (vai ver não eram tão amigos assim).

Porém de nada servem as lamentações.
Tenho que continuar firme, forte e inquebrável nessa jornada.

Dias melhores virão.

9 de junho de 2009

Adverso.

Hoje tá que tá, como diz a minha mãe!
Quebrei (não sei como) o display do meu celular;
Agora ele tá trincado, feio, mas funcionando.
Detalhe: o celular é de um modelo ainda novo!
Devo ter perdido os meus óculos, pq simplesmente não os encontro em lugar algum.
Ainda bem que é só pra leitura.
Detalhe: comprei faz 3 meses.
Estou aqui sem você, e você está em algum lugar sem mim.
Detalhe: Você não volta mais, eu sei!

E pra piorar não sei nada de geometria analítica.

8 de junho de 2009

Oblivion.

As vezes me dá uma vontade súbita e irrepreensível de deixar para trás tudo o que eu sei sobre mim.
Rasgar as cartas antigas, riscar os discos, queimar as fotos.
Apagar os emails, deletar os meios de contato, cancelar a linha telefônica e o chip do celular.
Ver as pessoas na rua, sorri como quem não as reconhece e sair apressada.
Entrar e sair sem ser incomodada.
Não ter nada do que eu tenho agora.
Gostar de coisas novas.
Escrever coisas novas.
Mudar externamente tudo o que eu possa.
E internamente não deixar que fique nada igual.
Que não permaneça mais o mesmo,
Apagar a memória e as informações que meus olhos vislumbram.
Porém de nada me adiantaria esquecer de tudo, pois o mundo esse audaz algoz, me arrastaria a lembrar de toda a estupidez humana, da crueldade inerente e da incompaixão velada.

Que é pior que as coisas das quais eu gostaria de esquecer.
Lembrei de um trecho da música Ideologia do Cazuza:

"Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou.."

(Ah quem me dera.)

4 de junho de 2009

Encontros.

Sempre que me despeço de uma pessoa eu fico olhando até o momento que eu não possa mais vê-la.
Geralmente elas não notam isso, e se notam ficam a dar tchauzinhos esganiçados até me perderem de vista.
E é sempre essa a última imagem que eu guardo delas.
No cotidiano eu acabo não fazendo isso é claro.
Se o faço perco o ônibus, ou me atraso a algum lugar.
Dependendo da pessoa, eu me arrisco!
Sempre que encontro alguém que conheço eu converso com ela.
Em qualquer horário, até mesmo de manhã, quando a maioria das pessoas nem ao menos conversa.
É claro que eu me certifico antes se a pessoa está realmente disposta a prosear.
Geralmente elas não estão, mas se estiverem falam comigo durante horas e rimos muito.
E é sempre esse o último som que eu guardo delas, o do riso.
E no cotidiano é muito fácil fazer isso porque se eu entro no ônibus sempre encontro alguém que eu conheço.

Dado isso fica claro o quanto é importante saber aproveitar positivamente qualquer intervalo de tempo ao lado de qualquer pessoa, pois elas sempre estarão guardando consigo coisas que lembrem você.
Cabe a você definir se as mesmas serão boas ou ruins.

3 de junho de 2009

Daniel na cova dos leões.

Não trata-se de um trecho da bíblia.
Embora o mesmo seja muito belo.
Trata-se de uma música da extinta banda Legião Urbana que muito têm a dizer.
Deixo-vos hoje com a letra dessa canção da qual eu tanto gosto:

"Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo então salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve
Forte, cego e tenso fez saber
Que ainda era muito e muito pouco.

Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos"

1 de junho de 2009

Eu.

Eu gosto de coisas das quais você nunca ouviu falar.
Eu faço coisas que você pode julgar estranhas.
Eu falo coisas que podem sim te surpreender (pro bem e pro mal).
Eu sonho coisas que você pode realizar e que eu não consigo.
Eu trago comigo marcas que você desconhece.
Eu penso coisas que podem mudar coisas.
Eu tenho uma sensibilidade reprimida.

Eu sinceramente tenho que ir-me agora.