21 de julho de 2009

Todas as coisas belas que eu digo um dia já foram ditas.
Todos os feitos grandiosos que sou capaz de realizar já foram realizados.
Todos os avisos e conselhos que eu dou já são conhecidos, e tornaram-se inclusive repetitivos.
Todas as minhas dúvidas são universais.
Todas as pessoas que conheço são únicas.
Todas as coisas que eu faço são inacreditáveis.
Todos os caminhos que eu escolho não possuem atalhos.
Todas as palavras que eu uso não são vãs.
O tudo comigo vira nada.
E o nada comigo [as vezes] vira tudo.
E isso embora possa parecer uma loucura de se ler.
É uma delícia de se sentir.

20 de julho de 2009

As vezes não reconheço a mim mesma.
E se me expressasse um pouco mais talvez vocês não me reconhecessem também.
A garota que fala sobre a felicidade, que reclama da vida e que têm muitos medos não é apenas assim;
Ela é muitos seres em um só.
São tantos os sentimentos gritantes dentro dela que ela fica até sem ar.
São tantos os desejos dela que ela fica até impaciente.
São tantas lembranças que ela fica até aturdida.

São tantas as palavras que ela se torna até incoerente.
Não tombarei imóvel diante de uma frustação. [ou pelo menos não devo]
Mas o coração aperta todas as vezes que eu me vejo sozinha, longe, tão longe de qualquer ponto de estabilidade.
Tão longe de qualquer reconhecimento, de qualquer merecimento.
Dá um aperto quando eu lembro que eu não sou o que as pessoas pensam que eu sou, não porque eu minta, mas porque elas não conseguem me ler.
E assim lembro-me que as pessoas me saudam, sentem saudades de mim mas não me conhecem de fato.
E é justamente neste ponto em que eu percebo que a minha superficialidade para elas está de bom tamanho.

Queria gritar para as amizades que estão progressivamente se afastando o quanto elas são importantes.
E queria aposentar meu pessimismo também.

19 de julho de 2009

Give up the fight.
(Desista da luta)

Têm hora que não dá mais para insistir em algo que há muito se perdeu.
Mas dá para esperar de braços abertos uma nova vida.

17 de julho de 2009

Algumas pessoas me intitulam inteligente.
E isso me faz pensar qual é o significado da palavra inteligência na qual eu me adequo.
Sim, por que essa palavra têm diversos e amplos significados.
[ falo sobre o significado de atribuição que nós seres humanos acrescentamos aos sentidos das palavras.]
E são essas atribuições que nos permitem associar determinada qualidade à determinada pessoa.
Todas as pessoas são inteligentes, porém cada uma dentro de seu próprio contexto.
O que concede a essa palavra certa relatividade.
Para aqueles que são alunos , será inteligente o que mais retiver o conhecimento das matérias cobradas e que obtiver consequentemente as melhores notas.
Para os que gostam de conversar sobre filmes, livros, cd's entre outras novidades intelectuais, será inteligente o que melhor conversar e mais souber sobre o assunto.
Para os mais atentos será inteligente os que aprendem com os erros dos outros e não erram, e se errarem aprendem por sua vez com seus erros.
Para os mais exigentes será inteligente os ques tiverem maior conhecimento geral e maior experiência de vida.
E para uma criança seus pais serão inteligentes, bem como qualquer pessoa que saiba contar belas histórias.

Ou seja a inteligência é tão [ou mais] relativa do que o próprio hábito de querer intular as pessoas como "inteligente".

Mas é claro que receber elogios é algo sempre bom.

15 de julho de 2009

É engraçado lembrar-nos do nosso passado.
É nessas horas que vemos que algumas das coisas que a gente considerava impossíveis aconteceram.
Que os casais mais improváveis foram formados, e que os capetinhas de plantão viraram pessoas sérias.
Você mesmo virou uma pessoa séria e cheia de responsabilidades.
Você para para pensar e vê que fez muito pouco ou praticamente nada das metas impostas pelo: "quando eu crescer..." e conclui que ter desistido de algumas metas foi até boa idéia.
Você já quis ser médico, daí você cresceu viu como é caro e dificil ingressar em um curso de medicina e desistiu.
Você queria ser veterinário, advogado, jornalista, dentista, modelo, astronauta...mas desistiu também.
Você ia viajar pelo mundo, aprender vários idiomas, conhecer pessoas importantes.
Ia tentar ser famoso, jamais se afastaria dos amigos de infância, não namoraria e nem se casaria.
Você não queria crescer.
Então você ri de si mesmo por ter formulado idéias tão absurdas numa época em que não sabia quase nada sobre si e nem sobre o mundo, mas as coisas não mudaram tanto porque você ainda contiunua sendo um mistério para si mesmo e embora conheça o mundo você já não o reconhece.
Daí você critica as coisas ao seu redor, se julga mártir e inibe maiores pretensões.
Ignora a época em que foi mais sábio.
Porque embora não soubesse de muito quando era criança, acreditava nas coisas mais importantes da vida, acreditava mais em si mesmo e não se preocupava tanto.
Era a época em que foi mais feliz.
Mas sempre há tempo para resgatar os sonhos e sentimentos de infância.
Resgatar a pureza de coração e a paz de espírito.
Não deixe para resgatá-los apenas quando estiver demasiadamente idoso assim como a maioria faz.
Resgate agora, resgate já!
E faça com que o seu presente seja memorável.

14 de julho de 2009

Achei uma imagem linda de Girassol no Google imagens.
Não foi dificil encontrar.
Mas seria difícilimo não postá-la aqui.
Girassóis: minhas flores favoritas!
Admiro os escritores do cotidiano.
É assim que eu nomeio aqueles que escrevem e apresentam fatos corriqueiros em uma roupagem ilustrada e poética.
Se fosse narrar o meu cotidiano, seria um texto de poucas linhas com uma narração fria e indiferente sobre o dia, tentaria extrair [como sempre] um aprendizado daquilo e só.
Logo:
Gosto de expôr apenas as idéias.
Os sentidos.
De metamorfosear a inquieteza da dúvida.
E delinear a trajetória da dor.

E de vez em quando me arrisco entre um ou outro verso.

13 de julho de 2009

Sanidade.
Ao perdê-la divirto-me.
Ao encontrá-la fico bem.

Solidão.
Fico com ela e me deprimo.
Ela ficando comigo me distrai.

Música.
Ao ouvi-la viajo.
A cantá-la me liberto.

Escrita.
Ao testá-la me descubro.
Ao praticá-la me disperso.

Liberdade.
Tenho pressa em senti-la.
E tenho medo de perdê-la.

8 de julho de 2009

3 de julho de 2009

Quero um bom livro.
Quero o conhecimento em ciências exatas.
Quero obter a excelência na arte de ouvir.
Quero a paciência de Jó.
Quero ter gratidão e bom humor imensuráveis.
Quero um, ou dois afagos.
Quero uma ligação inesperada.
Quero cantar bem alto.
Quero cantar baixinho para algum bebê dormir.
Quero pôr um sorriso nos lábios de alguém.
Quero mergulhar numa água quentinha.
Quero dormir e não sonhar, e se sonhar não quero que você esteja lá [pelo menos não mais].
Quero viajar.
Quero assisitir um bom filme.
Quero ter a esperança de conseguir o que pretendo.

2 de julho de 2009

Encontros românticos são muito interessantes.
Um se preocupando e procurando uma forma de agradar ao outro.
Sempre têm um dos dois que toma a iniciativa e dá idéias sobre lugares.
As vezes um acaba fazendo todo o trabalho sozinho, convidando e sugerindo.
O dia do encontro irá ser uma correria, ela vai acordar sentindo as borboletas em seu estômago ensaiando um novo número .
E ele acordará pensando em ligar para ela mais tarde.
Ela vai passar a manhã inteira se arrumando, fazendo as unhas, cuidando dos cabelos, separando as roupas a serem usadas.
E ele não estará em casa. Irá resolver suas pendências, seguirá normalmente.
Ela se preocupará por ele não ter ligado ainda.
Se perguntará se ele desistiu.
E ele reparará que está atrasdo para ligar.
Ela estará se sentindo esquecida.
O telefone tocará.
Ela sorrirá ao ouvir a voz dele.Ele também sorrirá.
E ele irá perguntar se ela ainda quer sair.Ela sorrirá ainda mais, e dirá que sim.
Eles repassarão o horário e o local e se despedirão com um até logo.
Ela chegará mais cedo, ela costuma ser pontual.
Ele chegará no horário procurando-a.
Eles se olharão.
Se beijarão rapidamente, rirão de algo, darão as mãos.
Ela se sentirá feliz por estar ao lado dele e por ter dado certo.
Agradecida por ele não ter cancelado.
E ele se sentirá feliz por ela o ter preferido.
Agradecido por ela ter aceitado.
Você percebe que envelheceu quando sua idade pode ser contada em décadas.
Quando você vê os artistas que tanto gostava se aposentando ou morrendo.
Quando se depara reclamando do mundo atual e da falta de respeito das pessoas. (porque quando se é jovem alguns não pensam nisso).
Quando os lugares já não combinam mais com você.
Quando você perde horas observando uma vida récem iniciada.
Quando você começa a procurar descanso.
Quando você começa a se sentir só.

E mesmo que você não seja tão velho ou mesmo que você seja extremamente velho.
Numa hora dessas você para pra pensar e vê que ainda falta muito para se fazer.
Se for extremamente velho talvez se resigne e pense que já fez tudo o que tinha e queria fazer, ou ainda pense que não há mais forças para agir.
Mas se ainda for jovem porque se resignar?

Quem se resigna se acomoda e outorga o seu direito de fazer acontecer.