14 de setembro de 2011

Era um ser encarregado de uma função:
Rodar todo o mundo, durante todo o dia, todos os dias.
E esse ser estava fadado a um destino terrível: O de não poder ficar junto de quem ele amava.
Esse ser podia amar, e, esse era seu ponto fraco
pois doí amar e não poder ficar perto de quem se ama.
Tinha um destino a seguir e deveria segui-lo só, não fixava residência, fixava apenas lembranças.
Esse ser chorava, e fazia muitos chorarem.
Morria e ressuscitava em uma mesma hora.
Só conhecia a parte dolorosa e má dos melhores sentimentos.
Não havia forma de libertar-se.
A única saída era conformar-se em seguir, e tentar acreditar que seria diferente da próxima vez.
Talvez se alguém ou algo lhe desse um fim...
Acabasse com o seu sofrimento, com a sua eterna espera.
Com sua infinita covardia.
Esse ser caminha pelas estradas de todos os lugares, se lamentando e aguardando um final, um desfecho feliz, desejando reencontrar de novo os rostos amados e queridos por ele.
Esse ser chamava-se e ainda se chama SAUDADE.